Tuesday, October 03, 2006

Como deve ser um curso em EAD


Um curso em EAD deve ser avaliado sob os aspectos do seu processo de ensino e organização curricular; da sua equipe, que deve ser multidisciplinar; do material didático utilizado e, sob a ótica da interação entre professores e alunos.
O processo de ensino deve ser voltado para uma aprendizagem como atividade individual, utilizando-se, porém, de uma interface coletiva e colaborativa entre os alunos. O currículo, em sua organização, abrange competências e capacidades específicas de cada área, todavia, possui disciplinas comuns, as quais objetivam garantir a multidisciplinaridade e a integração dos conhecimentos. Nesse particular, a Física, a Química, a Biologia e a Matemática, por exemplo, seriam interligadas em conhecimentos comuns entre elas.
A equipe multidisciplinar constituída de pedagogos, lingüistas, programadores, web designers é fundamental na elaboração de uma proposta pedagógica para um curso em EAD.
A seleção do material didático, tal qual, ocorre em quaisquer modalidades de ensino é imprescindível. A adequação das mídias com a proposta pedagógica e o contexto dos alunos é imprescindível. Não há como se programar um ensino para alunos de uma determinada região, através de computador, onde não exista energia elétrica (em alguns lugares da Amazônia, por exemplo) e/ou internet. A não ser, que ele fique restrito a utilização de Cd-rom. Neste caso, a capacidade de comunicação através de e-mail, ou do bate-papo estaria totalmente comprometida, negativamente.
Em geral, o material impresso e o Cd-rom são suportes básicos. Programas televisivos ou através de rádio, teleconferências, Internet (com utilização de fórum e bate-papo), dentre outros, são fortemente utilizados.
Perceber o nível de interação existente entre os alunos e os professores, na qual exista o respeito e entendimento é um critério importante em qualquer processo de avaliação que objetive determinar o padrão de qualidade de um curso.
A avaliação dos alunos implica na consideração ao seu ritmo próprio e a sua auto-avaliação. Este deve ser um processo contínuo e, portanto, em vários momentos. A avaliação do aluno abrange as avaliações individuais escritas e presenciais (duas por cada período letivo); avaliação individual feita pelo tutor presencial, sob os aspectos da aprendizagem, da motivação e do empenho do aluno; avaliação das atividades de grupo feitas pelo tutor presencial; auto-avaliação, feita pelo aluno, ao final de cada unidade do programa, para possibilitar-lhe o conhecimento do seu próprio desenvolvimento; avaliação final, sob a forma de monografia ou relatório de pesquisa.
Em síntese, sob o ponto de vista da organização e gestão do ensino na modalidade de EAD, a avaliação é um processo amplo que envolve não apenas a verificação contínua da aprendizagem dos alunos, mas, especialmente, a análise detalhada do projeto do curso e das condições de infra-estrutura disponibilizadas pela instituição.

http://www.seednet.mec.gov.br/artigos/materia.php?id=2&codmateria=332 - acessado em 03/10/06

Questão: O MEC expõe como deve ser um verdadeiro curso em EAD... Mas, era essa a visão que você tinha ou tem sobre EAD? Os cursos oferecidos no Brasil seguem os preceitos citados acima?

EAD e Formação de Professores


Hoje, em busca de soluções para a grave realidade do setor de educação pública ou particular no Brasil, em meio às rodas acadêmicas, a formação continuada do profissional professor está sendo exaustivamente debatida. Trata-se de uma: “concepção de educação como um processo permanente em que ‘o saber se faz através de uma superação constante’ e que concebe tanto os professores quanto os alunos como aprendizes contínuos, ‘sujeitos de sua própria educação’”. Há sete anos atrás, período da criação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), encontrava-se um número alarmante de professores leigos no Brasil, principalmente nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do país. Hoje podemos notar a gradativa queda desse número em razão dos diversos programas e modalidades voltados para a formação do professor. Em 1991 apenas 35% dos docentes eram mestre e doutores. Em 2002 esse número elevou-se para 54% dos docentes, representando um aumento, entre 1991 e 2002, de 155% no número total de docentes mestres e doutores. Essa melhora pode ser atribuída a LDB que aumentou as exigências de formação. O grande instrumento propulsor desses programas que já entraram ou que estão para entrar em ação é, sem dúvida, a possibilidade de utilização das novas tecnologias de informação, muitas vezes consideradas high tech. “Muitos educadores tradicionais continuam achando que o computador é simplesmente mais uma promessa tecnológica que não vai alterar a forma pela qual as pessoas trabalharão e aprenderão no futuro. [...] Talvez leve uma década ou mais para as conclusões desse estudo chegarem até o último professor de sala de aula no lugar mais remoto de nosso país”. O professor tem tido muitos motivos para procurar manter-se a par de tantos conceitos novos que estão surgindo. É um reboliço, um momento de ebulição no qual não se pode perder de vista o objetivo de cada um. Entretanto, é preciso saber que não se trata de situações ilhadas, reservadas, a formação continuada é uma necessidade atual geral, o professor hoje deve, não só especializar-se, como se capacitar para a profissão através de uma formação de boa qualidade e contínua, que minimize o impacto causado pela velocidade das mudanças que afetam o comportamento e a vida do cidadão. Muitos educadores mencionaram sobre a necessidade de interação, seja do aluno em seu meio, seja do aluno X professor, seja aluno X aluno. A educação continuada deve ser entendida como a educação que se renova, adequando o exercício da docência às exigências de um mundo que se transforma a cada instante. A Educação a Distância (EAD), cujo mérito de difusão deve-se à Europa (França, Espanha, Inglaterra) que criou modelos educacionais levados para outros lugares pelos Centre National de Enseignement a Distance, Universidad Nacional de Educación a Distancia e Open University, vem se mostrado uma excelente alternativa para a formação continuada em todo o mundo. “O setor educacional que mais cresce mundialmente é o de aprendizagem a distância, uma abordagem bastante antiga, mas que está recebendo uma nova vida com a chegada das novas tecnologias de comunicação, com seu poder desestabilizador, e com as novas exigências de capacitação humana numa sociedade de conhecimento.” Considerando que hoje, apenas 8% dos brasileiros de até 24 anos fazem curso de graduação (na Argentina e Chile, 30% cada, Reino Unido, 40% e Estados Unidos, 55%), para elevar essa porcentagem para 30%, conforme anunciou ser sua meta o atual presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, o Professor Doutor Fredric Michael Litto afirmou que só será possível com o exercício da EAD, pois “O país não tem dinheiro para construir tanta sala de aula capaz de atender a essa demanda” A implementação da Educação a Distância pode ocorrer preservando-se todas as características da Educação Presencial, inclusive utilizando-se dela. Uma forma não é melhor ou pior que a outra, apenas diferem e podem se complementar. Não obstante, a EAD requer equipe multidisciplinar, criativa e autônoma, bem como recursos tecnológicos e, certamente ocupa um amplo espaço de difusão de conhecimentos onde um leque de possibilidades educacionais se abre e se multiplica, superando as barreiras físicas do ensino presencial. Por fim, a Educação a Distância se mostra, sem dúvida, como um instrumento valioso para a formação continuada do professor que, por sua vez, tem se mostrado uma boa saída para os problemas educacionais brasileiros.

http://www.icoletiva.com.br/icoletiva/secao.asp?tipo=artigos&id=83 - acessado em 03/10/06

Questão: Por que a EAD (principalmente para o professor) não pode ser considerada um modismo nem uma modalidade "inferior" de educação?

O que é Tutoria?

Tutoria (Mentoring) é uma relação de confiança, suporte e acompanhamento pessoal e profissional entre uma pessoa mais experiente e outra iniciante na “jornada” entre um estágio e outro do desenvolvimento.
Sua origem remonta ao personagem Mentor da Odisséia de Homero que era um sábio e fiel amigo de Ulisses, Rei de Ítaca.
Quando Ulisses partiu para a Guerra de Tróia, ele confiou a Mentor seu filho Telêmaco e sua esposa Penélope. Mentor foi largamente responsável pela educação da criança, formação de seu caráter, valores, e, por fim, pela sabedoria de suas decisões.
A presença de Mentor era particularmente importante quando insights práticos eram necessários ou quando escolhas críticas tinham de ser feitas. No final da jornada, Telêmaco tinha amadurecido e tomava já decisões independentemente. Nesse sentido, Mentor era visto como uma importante figura de transição na vida de Telêmaco durante sua jornada da infância à maturidade.
Muitas das características desse personagem fazem parte do papel de tutor (mentor) atual: competência profissional, qualidades pessoais como honestidade, empatia, disponibilidade em escutar e orientar.
Questão: Qual a importância do tutor na EAD? É um professor? No que o tutor se diferencia do professor?